quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Volver

Engraçado como todas nós de alguma forma insistimos durante a vida em seguir errando. Ou recomeçar um erro. Ou simplesmente não conseguimos colocar um fim nele. A última é, sem dúvida, a situação menos grave delas. Afinal é dificil sair de um emprego, de casa, da rotina. Não poderia ser mais faáil sair de um relacionamento, afinal isso é do ser humano. As rupturas são duras, salvo raras exceções.
O que simplesmente não dá pra compreender é como conseguimos parar, pensar, romper, dar o passo e depois de um tempo voltar. E Voltar não porque estamos morrendo sem a pessoa, porque a rotina maravilhosa faz falta, porque o que ela agregava na nossa vida é impossível de viver sem. Não. Damos o passo, já não admiramos a pessoa, sabemos que nossa vida ficou bacana sem ela, não nos sentimos sós, só estamos sozinhos em relação ao estado civil. Mas ainda assim, num determinado momento queremos voltar a tentar de alguma forma.
Inventamos trinta mil argumentos, criamos mudanças no outro, viajamos achando que vamos simplesmente conseguir aproveitar o que há de bom na pessoa e numa relação (que nunca existiu e possivelmente nem vá existir) sem envolvimento, e agora com maturidade para fazer tudo diferente. Claro que mudanças acontecem, mas demoram, e só ocorrem quando existe uma decisão forte, individual, madura, acompanhada de muito trabalho daquele indivíduo.
Minha terapeuta algum dia falou sobre a fase da idealização. Que ao que parece, pode ocorrer a qualquer momento. E pelo que tenho visto por ai, ela acontece uma, duas, dez vezes. Das mais diferentres formas. Mas o motivo é quase sempre igual: a nossa vontade de persistir e só.
Por algum motivo uma hora as feridas fecham, ficamos com o que foi bom e deletamos o que foi ruim. Logo, o outro fica perfeito, idealizado, e tudo o que queremos é de algumna forma dar mais uma chance pra história. Que bom que somos capazes de esquecer as palhaçadas e ficar com o que é bom. Isso sem dúvida é parte de ser gente boa, de bom coração, mas principalmente isso é ser legal consigo mesma. Mas por que não lembramos também, ainda que sem mágoas, de como era a rotina, como a vida era de fato, e os motivos pelos quais a decisão da separação foi tomada por um ou pelos dois lados?
Todo mundo pode tentar. Todo mundo pode querer novamente. Todo mundo pode mudar de idéia. A pergunta é: por que mesmo quando não mudamos de idéia, e sabemos que não serve (a relação e/ou a pessoa) passamos pela tal fase de idealização? Por que resolvemos em nome de alguma coisa voltar a algo que sabemos que não serve?

- Inspirado em duas grandes amigas, e em mim mesma, que não canso de fazer merda -

* Summer

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Fila


Se voce nåo ve a sua mulher há tempos, passa, pega a mocinha e ela te pede pra parar, ai ai.
Tudo o que voce estiver desconfiado é a mais absoluta verdade.
Sim, o que quer que ela disse, mentiu. A menos que ela esteja com muita sistite, e voce perceberá (espera-se, afinal depois de anos comendo pessoas, é o mínimo) ela estará ou estava até a pouco dando pra outro.
Certeza.
Mas tudo bem vai, pensa também no quanto voce deu aquela abusada, desaparecendo, sendo filha da puta e nåo cumprindo com os prometidos e combinados. E pior, descombinando tudo a cada lua.
Tem filas que andam, outras correm, outras se arrastam. Mas no lugar, elas nunca ficam.

Em homenagem , ah, deixa pra lá.

*Summer

domingo, 26 de outubro de 2008

Muita opçåo

Frase adorável de alguém curtindo SP como se não houvesse amanhã: neste findi liguei o foda-se, quero dizer, liguei o foda-me.

Caramba, daí vem a conclusão de que o mundo sem dúvida ficará melhor depois do IPO de nossas queridas ferramentas de diversão e arte.

* Summer

Sempre dá

Um mocinho chega numa festa para conhecê-la. Comentário da amiga: não dá, puta cara de pagodeiro.
PP olha e diz: vou beber, talvez dê.
E deu.

Ai ai, nem sei.

* Summer

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

On Top

Tenho uma amiga que vive falando de suas teorias vindas de um pequeno pais distante aqui da América Latina. Talvez pela educação um pouco mais conservadora, ou pelo convívio com o mundo dos gringos e dos Latinos em Miami, ela tenha pensamentos interessantes, engraçados e que as vezes não fazem nenhum sentido, mas outras vezes fazem total.
Não sei bem porque, dia desses ela falou da sua teoria da pirâmide. Olhando em volta, vendo as pessoas e fazendo uma análise dos nossos colegas de trabalho, ela comentou que trabalhamos e convivemos numa “piscina de loucos” e no quanto somos diferentes deles. O que eu concordo em gênero, número e grau.
A partir disso, ela começou a tentar me explicar porque pessoas como nós merecem absolutamente tudo. E a resposta é simples: estamos no topo da pirâmide.
Quando dizemos tudo, é tudo mesmo: felicidade, dinheiro, um cara muito legal, que seja bonito, bom caráter, bem sucedido, bacana, cavalheiro, que nos trate como princesas (que somos), que admire e babe na maravilhosa mulher que encontrou que ainda seja fiel, e naturalmente queira casar e ter filhos. Mas aí fico me perguntando: será que não é um pouco demais? Já que nós mesmas aqui no lindo topo da pirâmide estamos cheias de defeitos, inseguranças e questões. Diz ela que não, porque afinal não somos nem as mais lindas, nem as mais inteligentes, nem as mais ricas, nem mais bem sucedidas, nem melhores exatamente do que o resto das pessoas. Mas somos donas de um ótimo pacote, que inclui uma boa dose de tudo de bom. Isso nos coloca lá, e nos dá o direito de querer e ir atrás das melhores coisas da vida, dos melhores parceiros e porque não, da melhor vida.
Várias de nós concordaram e acabaram ficando bem satisfeitas e tranqüilas sabendo agora a posição em que estamos e porque, meu deus, é tão difícil encontrar o maravilhoso príncipe. Aquele que tem tudo, porque afinal ele está lá do nosso lado, e casualmente ainda não se apaixonou por nenhum homem ou mulher.
O mais louco de tudo é que minha semana começou cheia de questões envolvendo pessoas legais, amizades e relacionamentos. Tudo misturado, me deixando triste e percebendo que eu estava vivendo o começo de uma possível amizade bacana, já com algumas histórias legais, mas que provavelmente seria interrompida. Não por um erro de alguém, ou sacanagem, mas por aquelas merdas que acontecem na vida que não precisavam, aquelas coincidências desnecessárias. Quando depois de alguns minutos triste, me convenci de que é da vida, e infelizmente muitas vezes algumas coisas simplesmente não tem condições de prosseguir, recebo uma msg no MSN. Foi aí que veio o meu susto maior, com a reação absolutamente madura e evoluída de uma criatura da minha idade, que vive um estilo de vida parecido com o meu, tem exatamente a mesma profissão, morou nos mesmos lugares que morei fora do pais, tem pelo menos quatro amigas em comum, um sorriso ótimo, um puta bom humor, e algumas das pessoas que me dou otimamente bem, tem uma grande admiração por ela.
A reação dela diante daquele cenário escroto do qual ela não tinha culpa nenhuma, acho que ninguém tinha, e a capacidade de entendimento de um lado que não é o dela, definitivamente me deixaram perplexa, feliz e em paz. E muito impressionada com o fato de existirem pessoas assim. E mesmo com tantas características em comum , me falta bastante pra chegar nesse lugar. E adivinha qual é ele? Não, não é o topo da pirâmide.
Definitivamente, se o tal topo existe, com certeza também existe a cobertura, com garçons sensacionais, que trazem drinks coloridos, onde só faz sol, amigas dão risadas, as pessoas sorriem e tem, além de tudo aquilo que já estamos cansados de saber, almas evoluídas. E mais do que isso, a capacidade absoluta de se colocar no lugar do outro, compreender, não julgar, e deixar a vida trazer o resto das surpresas.

Summer

sábado, 11 de outubro de 2008

The Beginning

Our first post is in english as a tribute to a friend that gave us the idea for this blog and its name. Baby baby baby... we really can't live anymore with our hot selves. That's why we want to share some of that hotness with the world. To hell with global warming. This is just starting. 
xoxoxo
L&M