sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

I wish us...

Massagem no pé. Cafuné. Abraço de urso. Beijos. Muitos beijos. Vento no rosto.
Ouvir música. Mergulhar. Banho de espuma. Banho de cachoeira. Banho de sol.
Água do mar. Água doce. Água na boca. Praia deserta. Praia animada. Pegar jacaré.
Cheiro de mato. Preguiça. Cama grande. Travesseiros. Barulho de chuva. Cheiro de chuva.
Soneca depois do almoço. Dormir mais um pouquinho. Acordar sorrindo sem motivo especial.
Café na cama. Caminhada ao ar livre. Rolar na areia. Sentir e matar saudades. Carinho.
Roupa nova. Amigos novos. Velhos amigos. Relembrar histórias. Papo furado. Passar horas lendo.
Brigadeiro de colher. Pipoca. Sorvete. Teatro. Cinema (mais pipoca). Preparar-se para uma festa.
Cremes. Espuma. Perfume. Sair pra jantar. Fazer compras. Passear. Conversar sem ter que impressionar.
Shows. Festas. Fofocar. Ataques de riso. Ataques de cosquinha. Dançar. Sessão de piadas. Deitar na rede.
Viajar. Tirar fotos. Sonhar. CDs. DVDs. Surpresas. Sorrisos. Flores. Presentes. Novidades boas.
Mensagens no celular. Ficar descalço na grama. Brincadeiras. Vinho. Champanhe. Brinde. Água gelada.
Água de coco. Cervejinha gelada em dia de calor. Boa companhia. Muito boa companhia.

Esse texto é bem bonitinho, mas vou complementar.

Nos desejo também...sexo, muito sexo, sexo bom e de preferência em quantidade. Alguém especial, mas que nos faça sentir especiais. Que olhe nos olhos e que mostre alguma fragilidade. Que seja generoso, e que se preocupe com o bem estar do outro. Ou nosso. Que nos traga paz, e alegria. A alegria do dia-a-dia. Mas aquelas proporcionadas por lindas jóias da Tiffanys também valem, hehehehe. Que nos traga leveza, e que nos ajude a seguirmos assim, felizes.
Trabalho bom. Trabalho com viagens legais. Trabalho que proporcione reconhecimento, dinheiro e muito muito prazer.
Trabalho que traga alegrias, e que traga orgulho.
Saúde para as nossas familias, pra nós, para todos que amamos. Bebês, convivência com crianças, convivência com amigas, a nossa convivência.
Que as amigas que estão longe estejam cada vez mais perto, e as que estão perto cada vez fiquem mais perto.
Que 2009 seja apenas o começo do resto das nossas vidas, contando umas com as outras, convivendo, morrendo de dar risada, dando apoio incondicional, nunca julgando. E mesmo com as mudanças de etapas que sempre vem, vamos lembrar que amizade é pra sempre e que não existe nada mais importante do que isso. Não importa quanto tempo a gente passe sem se ver ou sem se falar, o importante é saber que todas estamos lá sempre, umas pelas outras.

Brega, mas com amor.

* Summer

2009 - é nóis!



First of all with ourselves.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Terapia

Começa no consultório. Mas continua em doses. Tipo aqueles patches que vão soltando o remédio no corpo aos poucos.
Primeiro vem o soco no estômago. Ainda bem que o meu psiquiatra tem a manha de dar uma assoprada depois de bater. E ele bate com força. Ontem mesmo perguntou se eu queria ambulância para levar os meus pedaços embora. Sim, pq ele me detonou. Falou coisas foda de ouvir. Disse várias outras que eu já sabia, que eu já sei, mas que mesmo assim ouvir dói.

Aos pouquinhos o patch vai liberando doses de coragem para ir fazendo o que tem que ser feito.

Pena que eu não voltei para as sessões semanais há mais tempo. Teria mais dias para conseguir resolver todas as pendências das quais adoraria me livrar ainda em 2008 para começar o ano ímpar ze-ra-di-nha. Ainda tenho essa intenção, essa esperança. Vai que dá??? Vou tentar, me prometi.

O mais importante de tudo é ficar bem e leve comigo. O resto é consequência. Ou o inverso. Isso é que ainda estou tentando descobrir. Resolver "o resto" pode ser que me deixe de fato leve e de bem comigo.

Será que todos os dezembros me trasformam nesse monstro-papo-cabeça?

De novo falo sobre escolhas. E de novo cito o psiquiatra que sabiamente me convenceu que não é feio mudar de idéia. Ou seja, por mais que eu ache importante resolver as pendências que ele mesmo sugeriu, ainda tenho o alívio de poder mudar de idéia se quiser.

Nossa, agora sim. Nada como achar desculpas para si mesma.

Estou muito empolgada com 2009. Acho que anos ímpares são mais interessantes e produtivos que os pares. As coisas mais legais da minha vida aconteceram coincidentemente em anos ímpares. Pode, claaaaaro, ser mais uma viagem da minha cabecinha 220V. Mas preciso acreditar em algo para fazer a contagem regressiva dos dias que faltam e depois aquela outra, no dia 31 de dezembro. Tomara que pelo menos uma parte dos meus planos (que não são poucos e nem médios) se consolide em 2009. A vontade é muita. Mudança seria a palavra escolhida para o que eu quero que venha.

E que venha mesmo! Cheers!

*Pp ;-)

I wish...

Por mais durona que a gente seja, no final das contas, a gente sempre espera que alguma coisa aconteça.
E quando não acontece, rola aquele sentimentozinho de frustração, que até acaba passando, mas é chatinho e incomoda.
E daí a gente pensa: fui eu? foi a situação? foi ele?
Tendo a continuar pensando que as coisas são simples, a gente é que complica. Quem quer, faz. Quem quer, procura. Quem quer, fica. Se não rolou é porque não tava a fim.
O jeito é varrer "o que poderia ser" pra debaixo do tapete e ir pro próximo.
Um dia a gente chega lá :-)

Lumi

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Motivo australiano

Estávamos super cools indo num show do Nando Reis, tendo a certeza absoluta de que éramos as únicas.
Em pleno sábado a noite, óbvio, não conseguimos ingressos.
Fomos parar num desses lugares do Itaim que tem aquela fila bizarra de pessoas combinando sapato e cinto caramelo, e muitas mulheres mostrando cada um dos seus dotes, até mesmo os que não existem aparentemente. Nada como se despir dos preconceitos, entrar só porque é perto de casa, muito disposta a dar risadas e ouvir pop-rock (bem divertido, diga-se de passagem).
A história é, perdemos muito por preconceito. Perdemos de nos misturarmos com aquela famosa base da pirâmide e ver como as pessoas procuram os seus iguais. Parece arrogante, mas não é. Nós é que não éramos parte daquilo e conseguimos conhecer gente do Ipiranga, dar muitas gargalhadas e nos sentirmos protegidas da multidão de caçadores por lutadores de sumô.
Devíamos pelo menos a cada trimestre nos enfiarmos num desses lugares-roubada só pra dar ainda mais valor para o que temos, para os amigos que encontramos e para o nosso próprio universo paralelo. Mas também para valorizarmos os outros universos cheios de aeromocas e rapazes der gravata desamarrada (em pleno sábado? será que é estilo?) e vermos que todo mundo curte do mesmo jeito. E pior, todo mundo tem os mesmos objetivos.
Deli se sentiu ainda mais deli. Eu me senti ainda mais summer. E ninguém deixou de se divertir só porque aquela não era a sua turma. Mas o melhor é entrar no facebook e perceber que aquele mocinho super cool também postou fotos deste mesmo lugar, achando bacana. Erradas estamos nós que vivemos no nosso mundinho de publicitários-cineastas-descolados e perdemos várias chances de conhecer gente bacana só porque não faz trinta e cinco sobreposições de camisteas cinzas laranjas e roxas.
Valeu muito, mais uma experiência antropológica pra lembrar um dia e rir.

* Summer

domingo, 14 de dezembro de 2008

No Limite

Cheguei a conclusão de que é dificil sabermos o nosso limite. Em quanto tempo, depois de quantas decepções, ou em que momento exato chegaremos nele. Mas só na linha de chegada ou passando dela conseguimos reagir.
Seria ótimo conseguirmos prever quando vamos ter forças pra sair de uma situação incômoda, ou triste, ou angustiante, ou infeliz, ou insatisfatória. Ou todas ao mesmo tempo.
Talvez se soubéssemos com antecedência não teríamos a maravilhosa chance de tentar, persistir e ainda assim muitas vezes fracassar. Ou não teríamos a chance de fazer o exercício da paciência, ou do perdão. Ou mesmo o exercício do recomeço, que muitas vezes dói, é duro, mas sabemos que por algo vale a pena. Se soubéssemos exatamente a hora em que chegamos no limite, provavelmente esperaríamos por ele, sem derramar lágrimas ou sem peder um minuto de sono tranqüilo pensando em formas de fazer algo funcionar. Mas será que teria graça? Pouco provável, é o mesmo que achar graça de sabermos o dia em que vamos morrer.
Em compensação é bom reconhecer quando ele chega. E melhor ainda ter a noção de que é hora de se respeitar, dar tchau e sair pela porta da frente, com a tranqüilidade de quem tentou, de quem deu o seu melhor até a linha de chegada. Mesmo que esta linha nåo seja aquela do 'até que a morte os separe'. Mas que seja a do ' que seja infinito enquanto dure' , que seja a linha do nosso limite.

* Summer

domingo, 7 de dezembro de 2008

Refens II – só nós

Hoje estava batendo um papo com o meu pai e ele estava comentando o quanto homens e mulheres são diferentes. São mesmo. Parece óbvio, mas sempre temos uma surpresa. Ainda bem que muitas são boas.
Só que existem algumas questões universais. Por exemplo, combinar e estar lá. Pode estar cansado, saindo do trabalho, pós-balada, em outra cidade, o que for. Mas esteja lá se você combinou. Ou, pelo menos ligue se não vai rolar, e de preferência não quando a outra pessoa já está esperando de bolsa na porta.
Talvez esta seja uma grande diferença entre mulheres e homens. Nos preocupamos, nos colocamos no lugar do outro, e quantas vezes fomos a alguns lugares simplesmente porque havíamos combinado, e não porque estávamos morrendo de vontade. Não acho isso certo, mas estamos acostumadas a marcar encontros quando de fato temos vontade e disponibilidade. Isso é da mulher, não falávamos ainda e nossas mães sabiam se o choro era de fome ou de sono. Aprendemos desde sempre a nos colocarmos no lugar do outro.
Obviamente temos mil programas interessantes para substituir aquele cano. Ainda bem, e precisamos agradecer muito por isso. Temos amigas, e mais, temos uma fila (que anda, ou voa, depende da gente). E podemos mandar vir a próxima senha.
É uma pena que quando se leva o cano, a gente não queira mais ninguém naquele momento, só aquela pessoa. E o mais duro é simplesmente ficar sem entender muito bem o que aconteceu, ou se foi só um a puta falta de consideração. Ou, simplesmente a criatura é pouco generosa a ponto de não conseguir se colocar minimamente no lugar do outro. Isso vem de fábrica na maioria das mulheres, mas nos homens é mais ou menos como faróis de xenon.
Quero continuar combinando e estando lá, mesmo que pra isso ainda me falte tomar cinqüenta mil canos até o fim da vida. Quero seguir pegando o telefone e descombinando quando eu não estiver a fim, mesmo que isso torne a conversa desagrádavel, e que talvez ainda acabe recebendo muito mau humor em troca.
Até quando vamos ser reféns? Nem idéia. Impossível não ser quando a pessoa faz alguma diferença.
A única coisa que sei é que nao quero estar do outro lado. Porque senpre vou acreditar no respeito e na consideração. Por mim acima de tudo. Mas pelo outro também.

* Summer

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Refém

Engraçado como os anos passam e algumas coisas não mudam. Esperar o telefone tocar é definitivamente uma delas.
Achei que tivesse solucionado isso, sempre pedindo eu o telefone e ligando. Mas dá também para ligar, e o celular estar desligado ou a pessoa simplesmente não atender.
Ah, no meu caso só espero quando é importante. E quase nunca é, então estou experimentando um sentimento que nem lembrava que existia.
E, não curti.

* Summer

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Homenagem

Meu primeiro texto...tô emocionada.

Acabei de passar por uma desilusão amorosa.
Desta vez a história foi diferente, mas o final se repete.
Pessoas em momentos de vida diferentes.
Dá um pouco de preguiça de pensar que tenho que começar de novo. É tão bom quando você tem alguém e já tem liberdade com esta pessoa.
Incrível como nós mulheres temos o dom de esquecer tudo que passamos e sofremos no relacionamento anterior e quando conhecemos alguém parece que um comando na nossa cabeça faz a gente esquecer de tudo isso, respirar e acreditar.
Eu achei que era o cara.
Começando pelo primeiro encontro, aonde, no final tocando a música do Hot Chip – Read for the floor (aliás eu adoro esta música), recebi até flores.
Uau! Fui pra casa com a sensação de estar flutuando. E aí as coisas foram acontecendo. Ele sempre fez tudo certo, ligava no dia seguinte, fazia os convites para sairmos já com um certo planejamento e o melhor de tudo e que era tão cuidadoso que ao final de cada encontro eu recebia um presente, um livro ou um cd bacana, afinal de contas isto faz parte do dia a dia de trabalho dele.
Mas nem tudo poderia ser perfeito, e depois de dois meses e pouco chegou o momento de decidir como seria daqui pra frente. Comecei a sentir falta de um pouco mais de cumplicidade e comprometimento, pois to com muita vontade de ter uma relação duradoura. Achei que poderia me posicionar e saber qual seria a resposta.
Me senti corajosa por me posicionar, mas realmente não sabia qual seria a resposta. Ou será que lá no fundo eu já sabia, visto que na condição atual do moço realmente a ultima coisa que ele gostaria neste momento seria levar um relacionamento adiante.
Ele optou por sentir o gosto da liberdade, experimentar diferentes sentimentos e sensações, e tudo que esta “tal liberdade” pode oferecer para uma pessoa. No começo pode ser bom, mas como eu já vivo isto a um bom tempo, tenho certeza que uma hora ele vai sentir um vazio.
Talvez ainda não consiga perceber o que esta história me trouxe de aprendizado, mas eu tentei lidar de uma outra forma com as minhas expectativas, sem fazer tantos planejamentos. Obvio que quando a gente deita a cabeça no travesseiro muitas vezes a gente faz alguns planos sim. Se não, que graça teria a vida...
Deli

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sociedade II

Um comentário: por que a maioria de nós sempre sai das relações achando que tinha os 49%? E ao sair minimizou o número para 2%?
E piora porque esses 2% são relativos a provavelmente respirar e seguir com o coração batendo.
Isso porque sem dúvida a relação não foi entre iguais, mesmo que a nossa parte na sociedade tenha sido a maior.
Proponho buscarmos alguém que seja 100% e que preencha tanto a relação que deixará que o outro exerça os seus 100%.
Teremos aí duas pessoas completas, que estão unidas apenas pela vontade. E no fima equação será de 1+1=2.

* Summer

El Diablo - parte II

Lendo o post da Santa Adelaide, vejo que me passei muito no número de bizarrices que já estiveram minha vida. Difícil pensar nesta lista multiplicada por dois, somada a uma outra lista de novos tipos, e ainda numa outra de pessoas que nem deu tempo de identificar direito como eram. Afinal saí correndo antes, assustada, detestando, ou com uma peninha (meio arrogante mas real). Algumas vezes querendo mais, e consequentemente fazendo o possível para não querer.
Nem quero pensar nos depressivos, suicidas, amargurados, folgados-querendo-ser-sustentados, mesquinhos, traidores, mal educados (vergonha de levar na casa dos pais), introspectivos (essa é a minha especialidade), os hippies (acham super legal te convidar pra acampar com 35 anos de idade),os sem ambição nenhuma (tipo um amor e uma cabana), e fora os que precisam de espaço (o dele e o do outro). E óbvio, todos aqueles outros que não tivemos a chance de conhecer porque deram defeito nos cinco do primeiro tempo. Mas tem também aqueles que poderiam ter sido legais, mas que decidiram ficar com outra pessoa, ou viver a vida naquele momento com muita liberdade, isto é, pegando geral. Ou porque a história não foi de mão-dupla e eles não sentiram e quiseram o que queríamos no momento.
Creio que saber disso tudo nos trinta e poucos é uma dádiva. Ter vivido isso também. Não queremos a perfeição, nem precisamos buscá-la, afinal sabemos que ela não existe. Queremos muitas qualidades, e defeitos que sejam suportáveis.
Isso existe, e todos acreditamos, mesmo que no fundo.
Como diz a própria Adelaide, é preciso encontrar uma pessoa que forme um time, e que os dois cresçam juntos, como equipe. E o melhor é que ninguém precisa ser perfeito.

* Summer

Sociedade

Umas das mais sábias teorias que ouvi de uma pessoa que, com seus 70 anos, já passou por diversos relacionamentos:

"O amor é uma sociedade que invariavelmente um dos dois sempre vai ter 51% das ações".

*Pp²

sábado, 29 de novembro de 2008

Mas sabe el diablo por viejo que por diablo.

Ya sali con el ninito. Le temo a los intimidados, confusos, indecisos.
Ya sali con el mitomano. No estoy para seguir la mentira de nadie.
Ya sali con el intelectual. Le tengo panico a los presumidos, egocentricos, verborrientos.
Ya sali con el traumatizado. Que pereza.
Ya sali con el machista. Le tengo horror a los guaches.
Ya sali con el depresivo. No es permitido ser feliz.
Ya sali con el picaro. Le corro a los hombres sin escrupulos.
Ya sali con el que no me gusta. Me corro.
...
Sera que de tanto huir, llegare algun dia al que si es?

* Adelaide

In the war of love II

No pain, no gain. But know your limits.

In the war of love, the one who ends up hurt is the one that loved the most. But if feeling it is the actual reward, and if trial and error is the only path to true love, let it hurt, just as long as you know when to stop, get up, and move on, untainted, to your next love.

Always keep on trying. If you persevere you will succeed.

* Adelaide

In the war of love I

Men are from Mars and Women are from Venus. TRUE

Of course men and woman think totally different!!! Thank God!! In the war of love, we each need to have our secret weapons and our unique strategies. So lets stop complaining. On to war. Let the cause be worth it and may we encounter worthy warriors.

* Adelaide

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Expectativas Hoje

Este ponto de vista sobre as expectativas é brilhante.
Mas melhor ainda termos a oportunidade de ler isso hoje, num dia em que Adelaide lindaqueridaracionalmasemocionalagora e Deli (cious)lindasupermaemulherdonadecasaprofissional estão na mesma, ou tiveram a noite passada vivida intensamente.
Como a gente chora pela quebra de expectativas. Como a gente sente quando não queríamos esperar nada, mas esperamos. E em geral sabemos lá no fundo em que estamos metidas, mas simplesmente desconsideramos isso porque sentimos algo no coração. E precisamos mesmo respeitá-lo, afinal ele é sábio. Tudo bem, as vezes muito burro, mas precisa ser ouvido de qualquer forma.
Queridas, sabemos que são motivos diferentes: um traz de volta uma vida, parte do passado. O outro traz a esperança do futuro. Mas as duas situações estão seguindo os seus caminhos. Escolhidos por eles, que não estão sendo obrigados a nada. Mas vocês tem a escolha de respeitar sempr eo que sentem, viver tudo intensamente, chorar, rir, amar, se apaixonar, sentir saudade. Se orgulhem disso, e lembrem que hoje e agora voces também tem escolha, de fazer e sentir o que quiserem. De levantar, se olhar no espelho e ver o que vocês são. Que podem tudo.
Quem quer busca, chama, liga, reaparece. Quem quer rega a plantinha, ou planta uma nova.
Vocês duas não choraram tanto por eles, mas pela quebra de expectativas, ou pela ruptura daquela ilusãozinha gostosa de no fundo ter a esperança de ser algo mão dupla. Isto é, que o outro estivesse na mesma, ou sentindo o mesmo, ou lembrando também. Vivam isso. Não importa se é uma história de 10 anos ou de 2 meses. É hora de olhar pra frente e liberar a energia para que todas as coisas maravilhosas que vcs merecem aconteçam. Ele virá, eles virão, uma vida maravilhosa já veio. Mas fiquem tristes, vivam isso, e passem disso.
Então resolvam hoje, não amanhã e nem depois. Que doa, e que passe. Mas pra passar tem que ser sentido.
Lembrem que vocês lidam otimamente bem com tudo. E que estão no topo da pirâmide.
Orgulho.

* Summer

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Expectativa

Engraçado como a gente cria e gera expectativas. E acaba também criando pessoas, E esperando acontecer coisas que estão só na nossa cabeça. Mas que dependem de atitudes de outra.

Quando será que eu vou aprender a não ter tanta pilha, a não querer tudo, a não esperar o melhor, a não me frustrar quando as coisas não saem como eu quero? Será que esse dia chega?

Uma das maiores diferenças que tenho com a minha mãe é que a vida toda ela me mandou e, depois de um tempo deixou de mandar mas passou a sugerir, que eu fosse mais conformada. Que eu devia aceitar com mais facilidade o que não me agrada ou não me satisfaz. Que se eu ficasse sempre lutando contra o que eu não gosto, minha vida seria muito difícil, pois as coisas nem sempre saem como a gente quer.

Concordo em parte. Mas acho que ao contrário do estágio de conformação pura e simples, o que vale e nos ensina a ser pessoas melhores é o estágio de entendimento. Talvez esse seja o momento onde entra a maturidade. O saber que entender que algo não era pra ser não significa se conformar. Pq se considerar uma pessoa conformada, vamos combinar, é muito depressivo.

Estou quase aprendendo onde fica essa divisão tão sensível, essa linha tão tênue entre entender e se conformar. Mas não é fácil e, pior, não é rápido. Tenho impressão que sempre vou primeiro sentir uma puta frustração, depois lutar para não ser conformada com o acontecimento. Daí uns dias depois (a quantidade deles vai depender da importância da história, claro), entro na fase de entendimento. É uma daquelas sensações alentadoras, confortadoras. E de desapego. Pq para entender que não era pra ser, tem que fazer um puta exercício de desapego, de "ah, deixa pra lá, nem ia ser tão legal assim".

Passei por uma dessas há poucos dias. Super expectativa. Frio na barriga. Super idealização na minha mente viajandona. E não foi bem o que eu esperava. Como disse, idealizei algo que não dependia só de mim e das minhas escolhas. Dei uma sofridinha nos primeiros dias, mas as fichas vão caindo e o esperando "ah, deixa pra lá" acaba chegando. E eu entendo, muito mais do que me conformo. Não me conformo, pq na real já tenho idade suficiente para conseguir distinguir o me conformo do eu entendo.

Talvez essa cura tenha vindo rápido demais. Pode ser que dê efeito rebote, como acontece quando a gente toma remédio tarja preta para emagrecer. Mas por enquanto tá na boa. Até pq é incrível a capacidade que o Universo tem de nos apresentar surpresas gostosas bem na hora que a gente precisa. A compensação vem e te dá um gás, um sopro de otimismo.

Isso é o mais fascinante de tudo. E o que me faz voltar a ser pilhada, a querer tudo e a continuar sempre esperando o melhor. Com uma certa dose de teimosia, não posso negar...

;-)) Pp

Camaleão

Incrível a capacidade que a gente tem de mudar o estado de espírito. Quer dizer, eu tenho. Na real, acompanhando a vida das minhas amigas, até arrisco a dizer "nós mulheres" temos essa capacidade.

Claro que por um lado é legal, pois a gente sai de situações desagradáveis com uma certa facilidade. Não ficamos remoendo coisas passadas. A não ser que nada de novo se apresente.

A raivinha comprova isso. A coisa nova se apresentando é o passo decisivo para a tal raivinha. Que pressupõe uma atitude. A raivinha devolve na hora. Executa na hora. Não espera esfriar.

É bem bom...

*Pp

Raivinha

Este texto é simples, bem simples. Porque o raciocínio é.
Existem coisas que deixam uma mulher muito puta, várias aliás. Mas sem dúvida uma das que me deixa mais é quando os planos mudam e eles eram absolutamente esperados. Não, não é isso. É quando os planos mudam, eles eram esperados, e quem cancelou parece não dar a menor importância. Talvez seja uma percepção nossa do outro, mas quando percebo isso é duro, e dá aquela vontade de mandar tudo muito longe. Que é controlável, claro.
É engraçado como para os homens a história de desmarcar algo que está fechado há dias não parece fazer muita diferença. Eles às vezes simplesmente comentam no meio de um outro contexto, as vezes no Messenger falando de trabalho, colocando o cano que está dando dentro da conversa como se não houvesse o menor problema.
Como é possível alguém estar do outro lado do mundo e simplesmente comentar que será necessário duplicar o tempo da viagem porque vai sair da Alemanha e ter que trabalhar na África do Sul, ao invés de voltar. E aqueles planos? O jantar, a saudade, a vontade de conhecer melhor? Aquele vazio de quem só estava começando algo que dura cinco dias e agora terá uma distancia infinita de vinte?
Neste caso, não é tristeza, nem decepção, é aquela raivinha, de imaginar porque pra nós faz tanta diferença e pra eles é tão normal. Ou parece.
A raivinha vem da sensação de não ser tão importante pro outro quanto ele é pra gente. Seja porque ele desmarcou, não ligou, sumiu um tempo, não foi carinhoso em algum momento, não deu atenção quando estava na cara que precisávamos.
Deste sentimento muitas vezes vem a vingancinha. Aliás este post é inspirado num texto incrível que li sobre ela. Mas fato é que nos casos de decepção, a mulher é capaz de uma vingancinha bem pior do que a chatice do dia-a-dia. E ao contrario da primeira, a raivinha traz um tipo de atitude que não é a aquela chatice vingativa corriqueira, que é um peso inclusive pra quem está agindo dessa forma. Esta outra é bem bacana. Envolve, vinho, horas sem dormir e muita diversão. Duro mas real. E bom.

* Summer

domingo, 23 de novembro de 2008

Vale a pena

http://br.youtube.com/watch?v=V7H1pDDwLHo


janta
marcelo camelo
Composição: Marcelo Camelo

Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade

Eu quis te convencer mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade

Paper clips and crayons in my bed
Everybody thinks that i'm sad
I'll take a ride in melodies and bees and birds
Will hear my words
Will be both us and you and them together

Cause i can forget about myself, trying to be everybody else
I feel allright that we can go away
And please my day
I let you stay with me if you surrender

Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
(I can forget about myself trying to be everybody else)
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
(I feel all right that we can go away)
Pode ser a eternidade má
(And please my Day)
Eu ando sempre pra sentir vontade.
(I'll let you stay with me if you surrender)

*Summer

Criando pessoas

Nas muitas vezes em que falei a respeito de sentir coisas por pessoas na terapia ou com amigos, e as outras tantas que li a respeito, me fazem realmente crer que existe mesmo a fase de idealizaçåo. É louco como conhecemos, nos encantamos, e nos apaixonamos muitas vezes por alguém que criamos em nossas cabeças. E quando nos damos conta de que nåo era nada daquilo e culpamos o outro por nåo ser quem achavamos que era, na verdade nåo estamos olhando pra nós mesmos e pras expectativas que colocamos nessa nova história. Existe realmente uma fase de idealizaçåo, que é casualmente a fase da paixåo. Quase nunca conhecemos o outro de fato para estarmos apaixonados ou nåo. Mas nos apaixonamos. E nos apaixonamos por alguém que foi criado a partir de um desenho que fazemos do que gostaríamos. Nåo seria ideal conhecermos a fundo alguém e só depois escolhermos nos envolver, nos apaixonar e nåo pirar em alguém que simplesmente nåo conhecemos?
Hoje pensei muito nisso enquanto morro de felicidade por muitas coisas, e sinto uma certa dose de alívio em relaçåo a várias outras. É bom termos a clareza de que uma pessoa nåo é necessariamente boa ou ruim porque nåo é como criamos nas nossa cabeça e no nosso coraçåo. É melhor ainda saber disso e ter a chance de experimentar esta mesma emoçåo de idelizar, mas com uma bagagem de quem sabe que no início tudo é sempre perfeito. E é melhor ainda poder tentar ter a chance de fazer tudo diferente, de um outro ponto de vista, sob um novo olhar.E nåo menos cheio de ilusoes e entrega, mas com um olhar que traz a vontade de dar um passo de cada vez, de deixar as coisas acontecerem no seu ciclo natural. Se funcionarem, perfeito, se nåo, ficamos com a sensaçåo de que podemos nos permitir tudo, porque ninguém se conhecia ainda.

* Summer

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

AA

Este é um post de uma pessoa que chegou agora, mas que acha que suas grandes amigas merecem muito compartilhar os pensamentos e sensaçoes boas. Entao um beijo pra cada uma delas. Nao posso deixar de dizer: nada como um dia após o outro. E nada como a gente agradecer as coisas boas da vida, e olhar pra cada uma delas como presentes. Elas såo, e nós merecemos.

* Summer

Elas

As escolhas

Falar nisso parece chover no molhado. Mas ao escrever sobre o que a gente vive, ao tocar nos assuntos que fazem parte do nosso dia a dia é praticamente impossível não falar nelas.

Primeiro porque somos obrigadas a fazer isso milhares de vezes por dia. E também porque fomos treinadas e encorajadas para tal.

Lembro de uma edição da TPM que tinha uma capa vermelha apenas com um post it escrito “fui”. A matéria principal era sobre a decisão sobra a separação dos casais. E a conclusão, óbvia, era que é na esmagadora maioria das vezes a mulher tem a iniciativa. Por que? Porque nós é que fomos treinadas para fazer todas as escolhas. Até a escolha de ser feliz, inclusive a escolha sobre a felicidade dos caras. Ok, não queria ir tão longe. Talvez esteja sendo um pouco radical…

Mas o fato é que por mais que a gente saiba disso, tenha certezas e provas de que a vida é assim, ainda esperamos pela decisão de outra pessoa, que não a nossa. Inacreditavelmente imaginando que “Ah, dessa vez vai ser diferente.”. Mas não, não vai.

Passei uns bons anos esperando a escolha de alguém. Achando que estava fazendo de tudo para que encorajar, para ser companheira, para dar apoio e ser compreensiva. Há pouco tempo notei que não adianta, já que a pessoa não é uma mulher. Ou seja, ele não vai fazer uma escolha. Por mais que eu prepare o terreno, isso não vai rolar. A escolha que eu fiz, então, foi escolher outras coisas. E, ao contrário do que eu imaginava, o sofrimento está sendo bem menor. Tenho total confiança de ter feito todo o possível, arriscado pra carambra, esperando muito por uma escolha. Até fui bem tolerante e calma. Características que, em geral, não fazem parte do meu jeito de conviver, de trabalhar, de lidar com a minha família. Mas com o cara, esse aí que não tem força para fazer a escolha, fui extremamente fofa, princesa, carinhosa e tranquila.

Agora, por que mesmo? Eu já sabia, desde sempre soube, que a escolha não seria nunca dele. Seria minha. Como a alçada da minha escolha não é suficiente para mudar a dele, simplesmente passei três anos pensando e idealizando algo que jamais aconteceria. Uma escolha. Pra nós parece tão simples. Escolher ser feliz é o mínimo que a gente se deve. Sem esquecer de que todas as nossas opções mexem com a vida de várias outras pessoas, claro. Mas em geral as escolhas que nos fazem felizes influenciam positivamente a corrente de outras criaturas que passam pela nossa vida. Acredito profundamente que a felicidade contagia. Que o alto astral traz frutos. Que o bom humor cura desentendimentos. Que a leveza é um passo importante para o sucesso.

Adoraria que todos os caras que passassem pela minha vida de agora em diante fossem caras que não precisassem fazer escolhas muito complexas. Acho que eles precisam desenvolver outras habilidades nesse sentido. Escolhas simples e que são muito boas prá nós, que já somos obrigadas a escolher tantas coisas sérias na vida. Se eles conseguirem fazer escolhas sobre a lista abaixo, acho que já estão no caminho para alcançar o topo da pirâmide, de acordo com a teoria da amiga que inspirou um dos primeiros posts desse blog-desabafo.

- Dirigir pelo melhor caminho para chegar a qualquer lugar SEM perguntar “que caminho vc acha que eu devo fazer?”

- o restaurante adequado e de preferência surpresa

- o estilo das férias (ok, pode deixar que o roteiro a gente faz)

- a hora de ir pra casa

- a hora de sair de casa

- a trilha pra cada momento

- a quantidade de velas

- a sua própria roupa



Deu, acho que conseguindo fazer essas escolhas já é praticamente um cara perfeito…

***Pp

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Presente

Louco achar que é mais certo tomar decisões baseadas na razão. Muito bom que o critério um dia chega. Talvez isso seja o amadurecimento. Em compensação temos check-list, ou uma espécie de, e devemos atender a tudo o que chamamos de importante, na lista. Abrimos mão de coisas, pessoas e situações porque uma parte de nós acha que deve. Mas e a parte que quer vivê-las independente de qualquer coisa? É a parte burra? Ou é uma coisa que se chama coração?
A boa notícia é que nenhuma das pessoas que conheço achou que ganhar critério tenha sido um presente grego.

* Summer

Antes tarde do que nunca

A vida faz umas coisas engraçadas conosco.
Acordei ontem com uma crise de consciência daquelas que não tinha há tempos. Tipo porre fenomenal, com stress, numa mesa de teatro onde as pessoas estavam todas sóbrias. Com queda nas escadas, roxos pelas pernas, discussão que eu nem lembro o motivo.
Pior, deixei o carro no Vallet parking e fui embora de táxi (menos mal). Passei o dia atrás do carro, e ninguém achava. Pensamos que havia sido roubado e estava a ponto de acionar o seguro quando descobri que uma amiga trouxe para o trabalho e ele esteve o tempo todo aqui no estacionamento do meu lado.
Por um momento tinha acabado mal uma história que nem começou, fiz papelão na frente de várias pessoas do trabalho e ainda por pura viagem minha, não tinha mais carro. Tipo, muita vergonha de mim mesma. E nenhuma auto-piedade. Ódio total.
Mas tudo isso ficou pra trás com o aparecimento do carro, com as risadas que dei, e pedindo ajuda pro alvo do meu desconforto máximo. No final das contas o mundo caiu e se reergueu em minutos. Em compensação provei o gostinho de ter feito muita merda numa bebedeira, me arrepender e me odiar imensamente.
Essa foi pior do que as outras, porque me dei conta de todas, uma a uma, e do quanto tudo isso é arriscado. E bobo, afinal não tenho 15 anos, não freqüento a facul, e nem estou estudando para o vestibular. E mais, nessas horas sempre faço e digo coisas que não sinto de fato e me transformo numa péssima atriz de novela mexicana que definitivamente não dá pra admirar. No máximo rir, e não porque é engraçado, mas porque é trágico.
Got it. Entendi total a mensagem a divina.
Nesses meus meses de solteira, os primeiros da vida, fui feliz. Exagerei muito, milhares de vezes. Me envergonhei algumas delas, mas outras tantas dei risadas e claro, agora são historias pra contar. Mas é hora de olhar pra traz e buscar o equilíbrio, encontrar outras formas de diversão, com mais maturidade e um pouco menos de quebradeira. Afinal não dá pra viver se arrependendo, ou se questionando. Se arrepender é forte demais. Mas sem dúvida o pior mesmo é ter de tentar pedir desculpas para mim mesma. E não tem como, porque pra mim não consigo encontrar argumentos, não dá pra me convencer de nada que não seja a pura (e crua) verdade.
Agora, olhando pra tudo, agradeço cada um dois sustos de ontem.
Time to wake-up.

- Gracias, Adelaide. Você também me fez acordar -

* Summer

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Será?

Li esses tempos um artigo que falava sobre separações. E dizia que todas as vezes as quais nos separamos de alguém, nos separamos de todas as outras pessoas que deixamos pra trás, de todas as relações anteriores. Estava pensando sobre as últimas histórias que vi (e vivi) e apesar de muito diferentes umas das outras, sempre existe uma sensação de pertencer, de dar satisfações, e de muitas obrigações. Óbvio, afinal o fato de darmos um nome a relação, possivelmente traga consigo deveres e obrigações.
Mas não precisa ser assim. Por outro lado, também lembrei de uma história no México que foi diferente de todas as outras. Não porque foi mais forte, mais intensa ou melhor. Porque a sensação de liberdade absoluta foi diferente de tudo.
As duas pessoas estavam comprometidas com outras duas de outros países. E por isso, acabaram vivendo só aquele momento, ali, naquele agora. Elas pensavam no amanhã, mas sem sofrimento, sem cobranças, com leveza. Eram só planos, que não necessariamente precisavam dar certo.
Conheço uma das duas pessoas e foi a primeira vez que convivi com ela tendo uma relação realmente leve, vivendo um dia de cada vez. Parecia ser porque o peso da relação estava no namoro, ainda que a distância. E esta era outra história, não aquela, que estava sendo vivida ali.
Esta historinha breve, com um mexicano, consistia em levantar todos os dias e se perguntar se hoje era um dia bom para os dois se encontrarem. Isso poderia ter durado um mês, que era o tempo pré-determinado. Durou oito, e até o ultimo foi assim, quando os dois se despediram e voltaram para as suas vidas.
Não entendo muito bem porque numa situação normal, de namoro, ou casamento, não podemos ter essa mesma leveza.
Gostaria de simplesmente pegar emprestada a sensação de que o compromisso está lá longe e que todas as histórias que vivemos podem só ter a convivência, o olhar e a atitude de quem faz o que quer, quando quer e porque realmente quer. Com a sinceridade e a transparência de quem não tem o compromisso, mas só tem alguém que pode fazer parte da nossa vida quando estivermos a fim. E vice-versa. E isso não significa não fazer a vontade do outro, ou não ficar junto até cansar. Significa encarar cada dia como uma escolha, que pode ser leve e sincera. Onde damos ao outro o que realmente queremos, e ele também nos dá realmente só o que tem vontade e quando tem. Será que essa não é uma forma de manter todos os momentos prazerosos? Ou é muita viagem?

* Summer

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

" Sometimes just the act of sharing a painful secret can relieve some of the pain".

Post Secret (Maryland)

* Summer

domingo, 9 de novembro de 2008

Secret

Nessa última viagem, bati o olho num livro numa loja que entrei pra ver roupas. Óbvio que quando peguei pra olhar melhor, minha companheira de férias naturalmente conhecia a história. Aliás, que pessoa para conhecer tudo que é descolado e moderno. Nem sei se é este o caso, mas no mínimo a proposta é muito legal.
Post Secret é bem mais do que um livro. Este projeto traz segredos de anonimos que escreveram para uma caixa postal algo (ou tudo) que guardavam lá dentro, bem escondido, num lugar onde só desconhecidos poderiam chegar.
Todas as noites leio e releio alguns segredos. Me pergunto em que mundo eståo algumas pessoas, para julgarem alguns deles impossíveis de compartilhar.
Em compensaçåo, ler algo como ‘ I don’t wear my ring, because I don’t love her, not because I don’t like rings’ me fez parar pra pensar em quantas vezes escondemos coisas de todos, inclusive da gente. E seguimos agindo como se nåo pudéssemos simplesmente mudar o que quisermos, e entåo passar a compartilhar.
I want to be in love, but I’m afraid it won’t sove all my problems. Parece muito o segredo de várias pessoas que conheço, o meu inclusive, em alguns dias da vida. A diferença é que elas sequer questionam isso, quando colocam todas as expectativas em cima do outro, ou em cima de uma história que sequer começou. Nåo sei se é bom ter segredos. Sempre achei que tinha poucos, ou nenhum. Afinal, nåo tem muita graça nåo compartilhar, nåo trocar, nåo se envergonhar, nåo ouvir, ou dar risadas, com no mínimo uma pessoa a respeito de um assunto seu, só seu.
Só que isso é impossível. Mesmo que a gente queira contar tudo, nåo dá, porque tem coisas que definitivamente escondemos até de nós mesmos. Isso porque tentamos que elas nåo existam, ou sejam diferentes. Entåo nos enganamos e vivemos como se tudo estivesse do jeito que a gente quer.
Inúmeras vezes somos incapazes de olhar com clareza pra algumas coisas e ver extamente como elas såo. Podemos simplesmente achar que a pessoa sumiu porque quis, e porque realmente náo teve vontade de nos ver ou de falar. Porque realmente outras coisas eram mais importantes. Ou que ela depois de tanto tempo realmente nåo vai se separar, o que realmente acontece é ela estar se sentindo ameaçada, e por isso mentiu e nåo precisamos secretamente saber disso, mas ainda assim acreditar. Ou, que ela vai de repente conseguir passar a se controlar na hora em que algo sair errado, mesmo nunca tendo conseguido antes. Quando algo dói, vearias vezes escolhemos ignorar e fazer disso um segredo só nosso, que fica bem no fundo, virando gastrite.
Os nossos segredos eståo lá, vários, alguns, mas enquanto eles nåo virarem uma conversa, mesmo que da gente com a gente mesmo, provavelmente eles nunca virem uma história pra contar, do passado, resolvida. Eles sempre acabem sendo aquela angústia chata, que nåo sabemos como tirar de dentro da gente.
Como alguém sabiamente disse (e escreveu) bem antes de mim: there are two kinds of secrets, those we keep from others, and those we hide from ourselves.
Neste momento, estou tentando manter o segundo, mas é hora de acordar e conversar comigo mesma a respeito.

* Summer

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Marco zero

A gente sempre acha que tudo é eterno. O sentimento, o sofrimento, a felicidade. Seria bom se quando estivéssemos sofrendo, simplesmente conseguíssemos parar, olhar de cima, e lembrar que tudo passa.
E passa mesmo. O que é bom e o que é ruim. Quando é ruim, parece que demora mais, mas provavelmente isso seja só sensação. Acho que a graça maior está no fato de tudo passar, às vezes terminar e às vezes recomeçar. Ou começar de novo. É raro, mas acontece.
É bom olhar pra uma pessoa, perceber que houve um ciclo que teve começo, meio e fim. Olhar de novo e perceber que a mesma pessoa, já não é a mesma. E principalmente que nós mesmos mudamos a ponto de nos sentirmos outros, e o que temos em comum com aquele velho nós é só o corpo.
E se os dois estão absolutamente diferentes, por que eles resolveram se reencontrar? Porque provavelmente as mudanças provocaram um encontro, novo, e isso é bem diferente de simplesmente voltar. Isso é viver outra história, mas com a mesma pessoa. É trazer na bagagem tudo o que houve de bom e de ruim, mas só como memória. É conseguir se colocar no marco zero e deixar o resto se construir do começo, com história, mas ao mesmo tempo sem. Sem peso. Começando, e não recomeçando.

--Te devo mais este post. Foi uma ótima conversa.--

* Summer

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Bem bom, bem bom mesmo.

Diversas maravilhas do nosso dia a dia, ou do dia sim dia não, ou do de vez em quando são incrivelmente feitas para amenizar as ESCOLHAS. Aquelas ESCOLHAS que não são feitas no dia a dia, ou no dia sim dia não e às vezes, nem no de vez em quando. Mas ESCOLHAS que simplesmente aparecem como se tivessem sido feitas há anos e que fazem parte da nossa história. Sem, necessariamente, fazerem de fato.

Não imagino como seria um dia sem sms, sem e-mail. Sem mensagens multimídia nas micro telas de celular. O fato é que essas pequenas maravilhas fazem um dia péssimo virar um dia de princesa.

Não que a gente se empolgue com motivos baratos e bobos. Não. Mas é que um carinho, uma atenção, uma frase, têm uma influência enorme e se destacam na quantidade imensa de informações que chegam para ocupar o nosso HD.

Independente do meio, o que ainda vale mesmo é a intenção. Ou a atenção.
É barato. É simples. É honesto. Pq não, então?

Mulher é complicada? Será?

Com tão pouca coisa já dá para fazer a alegria do dia de uma dessas.

Prova? Fácil. Garanto que um e-mail, um olhar, um plano para mais tarde, chamar para um programinha básico e perto de casa (melhor ainda) faz aquelas ESCOLHAS que parecem eternas perderem um pouco o brilho. Se elas forem ESCOLHAS não mais tão boas então… nossa! As pequenas maravilhas do dia a dia fazem um bem enooooorme. Vão apagando aos poucos. Como acionar a tecla “delete”. Como ir diminuindo o contraste.

Valeu outlook! Valeu Claro!

*Pp

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Bem bom

Que bom que as coisas mudam. E que a gente muda.
Deu uma vontadezinha de escrever a continuaçåo do texto abaixo, mas agora de um jeito mais leve e bem humorado. Mas nåo vou, estou achando que é bom mudar de fase, deixar de gostar de coisas e pessoas, e depois voltar a gostar de outras coisas e novas pessoas. Mas também se permitir voltar a gostar de coisas , ou novas coisas, nas mesmas pessoas. Mas só dá pra perceber isso, se a gente simplesmente viver. Isso pra mim nao significa maturidade, nem aprendizado. Mas pode significar sim, dependendo do jeito que a gente vive e encara.
Engraçado se repetir. Mas e quando a gente repete o mesmo prato pela décima vez só que agora temperado com gegibre?
Acho que voltar a viver algo com uma pessoa do passado, mesmo que recente, depende de uma atitude diferente. Mas nåo uma atitude de quem está igual, só tentando ser ou fazer algo novo. Nåo é uma queståo de mudar a forma. O que deve estar diferente é o sentimento. É ele, ou a falta dele. Só uma das duas coisas vai gerar uma nova atitude. Melhor ainda se as expectativas forem zero e se dessa vez os dois estiverem querendo a mesma coisa. Nada. Ou tudo. Nao importa.
Só dá pra viver de um jeito novo se o olhar pra história for diferente, mesmo quando ela já nåo é uma história, nem um lance. Mas ser algo que nåo é nada, também pode ser muitas coisas ao mesmo tempo, só que de um jeito em que nenhum dos dois precise carregar uma mochila de pedras.
Muito bacana nem precisar pedir nada pra vida, e ela acabar surpreendendo. E olha que eu nem gosto de surpresas.

- Te falei que ia escrever. Bjos, vários.

* Summer

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Volver

Engraçado como todas nós de alguma forma insistimos durante a vida em seguir errando. Ou recomeçar um erro. Ou simplesmente não conseguimos colocar um fim nele. A última é, sem dúvida, a situação menos grave delas. Afinal é dificil sair de um emprego, de casa, da rotina. Não poderia ser mais faáil sair de um relacionamento, afinal isso é do ser humano. As rupturas são duras, salvo raras exceções.
O que simplesmente não dá pra compreender é como conseguimos parar, pensar, romper, dar o passo e depois de um tempo voltar. E Voltar não porque estamos morrendo sem a pessoa, porque a rotina maravilhosa faz falta, porque o que ela agregava na nossa vida é impossível de viver sem. Não. Damos o passo, já não admiramos a pessoa, sabemos que nossa vida ficou bacana sem ela, não nos sentimos sós, só estamos sozinhos em relação ao estado civil. Mas ainda assim, num determinado momento queremos voltar a tentar de alguma forma.
Inventamos trinta mil argumentos, criamos mudanças no outro, viajamos achando que vamos simplesmente conseguir aproveitar o que há de bom na pessoa e numa relação (que nunca existiu e possivelmente nem vá existir) sem envolvimento, e agora com maturidade para fazer tudo diferente. Claro que mudanças acontecem, mas demoram, e só ocorrem quando existe uma decisão forte, individual, madura, acompanhada de muito trabalho daquele indivíduo.
Minha terapeuta algum dia falou sobre a fase da idealização. Que ao que parece, pode ocorrer a qualquer momento. E pelo que tenho visto por ai, ela acontece uma, duas, dez vezes. Das mais diferentres formas. Mas o motivo é quase sempre igual: a nossa vontade de persistir e só.
Por algum motivo uma hora as feridas fecham, ficamos com o que foi bom e deletamos o que foi ruim. Logo, o outro fica perfeito, idealizado, e tudo o que queremos é de algumna forma dar mais uma chance pra história. Que bom que somos capazes de esquecer as palhaçadas e ficar com o que é bom. Isso sem dúvida é parte de ser gente boa, de bom coração, mas principalmente isso é ser legal consigo mesma. Mas por que não lembramos também, ainda que sem mágoas, de como era a rotina, como a vida era de fato, e os motivos pelos quais a decisão da separação foi tomada por um ou pelos dois lados?
Todo mundo pode tentar. Todo mundo pode querer novamente. Todo mundo pode mudar de idéia. A pergunta é: por que mesmo quando não mudamos de idéia, e sabemos que não serve (a relação e/ou a pessoa) passamos pela tal fase de idealização? Por que resolvemos em nome de alguma coisa voltar a algo que sabemos que não serve?

- Inspirado em duas grandes amigas, e em mim mesma, que não canso de fazer merda -

* Summer

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Fila


Se voce nåo ve a sua mulher há tempos, passa, pega a mocinha e ela te pede pra parar, ai ai.
Tudo o que voce estiver desconfiado é a mais absoluta verdade.
Sim, o que quer que ela disse, mentiu. A menos que ela esteja com muita sistite, e voce perceberá (espera-se, afinal depois de anos comendo pessoas, é o mínimo) ela estará ou estava até a pouco dando pra outro.
Certeza.
Mas tudo bem vai, pensa também no quanto voce deu aquela abusada, desaparecendo, sendo filha da puta e nåo cumprindo com os prometidos e combinados. E pior, descombinando tudo a cada lua.
Tem filas que andam, outras correm, outras se arrastam. Mas no lugar, elas nunca ficam.

Em homenagem , ah, deixa pra lá.

*Summer

domingo, 26 de outubro de 2008

Muita opçåo

Frase adorável de alguém curtindo SP como se não houvesse amanhã: neste findi liguei o foda-se, quero dizer, liguei o foda-me.

Caramba, daí vem a conclusão de que o mundo sem dúvida ficará melhor depois do IPO de nossas queridas ferramentas de diversão e arte.

* Summer

Sempre dá

Um mocinho chega numa festa para conhecê-la. Comentário da amiga: não dá, puta cara de pagodeiro.
PP olha e diz: vou beber, talvez dê.
E deu.

Ai ai, nem sei.

* Summer

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

On Top

Tenho uma amiga que vive falando de suas teorias vindas de um pequeno pais distante aqui da América Latina. Talvez pela educação um pouco mais conservadora, ou pelo convívio com o mundo dos gringos e dos Latinos em Miami, ela tenha pensamentos interessantes, engraçados e que as vezes não fazem nenhum sentido, mas outras vezes fazem total.
Não sei bem porque, dia desses ela falou da sua teoria da pirâmide. Olhando em volta, vendo as pessoas e fazendo uma análise dos nossos colegas de trabalho, ela comentou que trabalhamos e convivemos numa “piscina de loucos” e no quanto somos diferentes deles. O que eu concordo em gênero, número e grau.
A partir disso, ela começou a tentar me explicar porque pessoas como nós merecem absolutamente tudo. E a resposta é simples: estamos no topo da pirâmide.
Quando dizemos tudo, é tudo mesmo: felicidade, dinheiro, um cara muito legal, que seja bonito, bom caráter, bem sucedido, bacana, cavalheiro, que nos trate como princesas (que somos), que admire e babe na maravilhosa mulher que encontrou que ainda seja fiel, e naturalmente queira casar e ter filhos. Mas aí fico me perguntando: será que não é um pouco demais? Já que nós mesmas aqui no lindo topo da pirâmide estamos cheias de defeitos, inseguranças e questões. Diz ela que não, porque afinal não somos nem as mais lindas, nem as mais inteligentes, nem as mais ricas, nem mais bem sucedidas, nem melhores exatamente do que o resto das pessoas. Mas somos donas de um ótimo pacote, que inclui uma boa dose de tudo de bom. Isso nos coloca lá, e nos dá o direito de querer e ir atrás das melhores coisas da vida, dos melhores parceiros e porque não, da melhor vida.
Várias de nós concordaram e acabaram ficando bem satisfeitas e tranqüilas sabendo agora a posição em que estamos e porque, meu deus, é tão difícil encontrar o maravilhoso príncipe. Aquele que tem tudo, porque afinal ele está lá do nosso lado, e casualmente ainda não se apaixonou por nenhum homem ou mulher.
O mais louco de tudo é que minha semana começou cheia de questões envolvendo pessoas legais, amizades e relacionamentos. Tudo misturado, me deixando triste e percebendo que eu estava vivendo o começo de uma possível amizade bacana, já com algumas histórias legais, mas que provavelmente seria interrompida. Não por um erro de alguém, ou sacanagem, mas por aquelas merdas que acontecem na vida que não precisavam, aquelas coincidências desnecessárias. Quando depois de alguns minutos triste, me convenci de que é da vida, e infelizmente muitas vezes algumas coisas simplesmente não tem condições de prosseguir, recebo uma msg no MSN. Foi aí que veio o meu susto maior, com a reação absolutamente madura e evoluída de uma criatura da minha idade, que vive um estilo de vida parecido com o meu, tem exatamente a mesma profissão, morou nos mesmos lugares que morei fora do pais, tem pelo menos quatro amigas em comum, um sorriso ótimo, um puta bom humor, e algumas das pessoas que me dou otimamente bem, tem uma grande admiração por ela.
A reação dela diante daquele cenário escroto do qual ela não tinha culpa nenhuma, acho que ninguém tinha, e a capacidade de entendimento de um lado que não é o dela, definitivamente me deixaram perplexa, feliz e em paz. E muito impressionada com o fato de existirem pessoas assim. E mesmo com tantas características em comum , me falta bastante pra chegar nesse lugar. E adivinha qual é ele? Não, não é o topo da pirâmide.
Definitivamente, se o tal topo existe, com certeza também existe a cobertura, com garçons sensacionais, que trazem drinks coloridos, onde só faz sol, amigas dão risadas, as pessoas sorriem e tem, além de tudo aquilo que já estamos cansados de saber, almas evoluídas. E mais do que isso, a capacidade absoluta de se colocar no lugar do outro, compreender, não julgar, e deixar a vida trazer o resto das surpresas.

Summer

sábado, 11 de outubro de 2008

The Beginning

Our first post is in english as a tribute to a friend that gave us the idea for this blog and its name. Baby baby baby... we really can't live anymore with our hot selves. That's why we want to share some of that hotness with the world. To hell with global warming. This is just starting. 
xoxoxo
L&M