domingo, 7 de dezembro de 2008

Refens II – só nós

Hoje estava batendo um papo com o meu pai e ele estava comentando o quanto homens e mulheres são diferentes. São mesmo. Parece óbvio, mas sempre temos uma surpresa. Ainda bem que muitas são boas.
Só que existem algumas questões universais. Por exemplo, combinar e estar lá. Pode estar cansado, saindo do trabalho, pós-balada, em outra cidade, o que for. Mas esteja lá se você combinou. Ou, pelo menos ligue se não vai rolar, e de preferência não quando a outra pessoa já está esperando de bolsa na porta.
Talvez esta seja uma grande diferença entre mulheres e homens. Nos preocupamos, nos colocamos no lugar do outro, e quantas vezes fomos a alguns lugares simplesmente porque havíamos combinado, e não porque estávamos morrendo de vontade. Não acho isso certo, mas estamos acostumadas a marcar encontros quando de fato temos vontade e disponibilidade. Isso é da mulher, não falávamos ainda e nossas mães sabiam se o choro era de fome ou de sono. Aprendemos desde sempre a nos colocarmos no lugar do outro.
Obviamente temos mil programas interessantes para substituir aquele cano. Ainda bem, e precisamos agradecer muito por isso. Temos amigas, e mais, temos uma fila (que anda, ou voa, depende da gente). E podemos mandar vir a próxima senha.
É uma pena que quando se leva o cano, a gente não queira mais ninguém naquele momento, só aquela pessoa. E o mais duro é simplesmente ficar sem entender muito bem o que aconteceu, ou se foi só um a puta falta de consideração. Ou, simplesmente a criatura é pouco generosa a ponto de não conseguir se colocar minimamente no lugar do outro. Isso vem de fábrica na maioria das mulheres, mas nos homens é mais ou menos como faróis de xenon.
Quero continuar combinando e estando lá, mesmo que pra isso ainda me falte tomar cinqüenta mil canos até o fim da vida. Quero seguir pegando o telefone e descombinando quando eu não estiver a fim, mesmo que isso torne a conversa desagrádavel, e que talvez ainda acabe recebendo muito mau humor em troca.
Até quando vamos ser reféns? Nem idéia. Impossível não ser quando a pessoa faz alguma diferença.
A única coisa que sei é que nao quero estar do outro lado. Porque senpre vou acreditar no respeito e na consideração. Por mim acima de tudo. Mas pelo outro também.

* Summer

2 comentários:

Dany disse...

bom que essa história deu uma virada né? :-)

M&L disse...

Desvirou...
As least for me.
Bjos, linda.