sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

I wish us...

Massagem no pé. Cafuné. Abraço de urso. Beijos. Muitos beijos. Vento no rosto.
Ouvir música. Mergulhar. Banho de espuma. Banho de cachoeira. Banho de sol.
Água do mar. Água doce. Água na boca. Praia deserta. Praia animada. Pegar jacaré.
Cheiro de mato. Preguiça. Cama grande. Travesseiros. Barulho de chuva. Cheiro de chuva.
Soneca depois do almoço. Dormir mais um pouquinho. Acordar sorrindo sem motivo especial.
Café na cama. Caminhada ao ar livre. Rolar na areia. Sentir e matar saudades. Carinho.
Roupa nova. Amigos novos. Velhos amigos. Relembrar histórias. Papo furado. Passar horas lendo.
Brigadeiro de colher. Pipoca. Sorvete. Teatro. Cinema (mais pipoca). Preparar-se para uma festa.
Cremes. Espuma. Perfume. Sair pra jantar. Fazer compras. Passear. Conversar sem ter que impressionar.
Shows. Festas. Fofocar. Ataques de riso. Ataques de cosquinha. Dançar. Sessão de piadas. Deitar na rede.
Viajar. Tirar fotos. Sonhar. CDs. DVDs. Surpresas. Sorrisos. Flores. Presentes. Novidades boas.
Mensagens no celular. Ficar descalço na grama. Brincadeiras. Vinho. Champanhe. Brinde. Água gelada.
Água de coco. Cervejinha gelada em dia de calor. Boa companhia. Muito boa companhia.

Esse texto é bem bonitinho, mas vou complementar.

Nos desejo também...sexo, muito sexo, sexo bom e de preferência em quantidade. Alguém especial, mas que nos faça sentir especiais. Que olhe nos olhos e que mostre alguma fragilidade. Que seja generoso, e que se preocupe com o bem estar do outro. Ou nosso. Que nos traga paz, e alegria. A alegria do dia-a-dia. Mas aquelas proporcionadas por lindas jóias da Tiffanys também valem, hehehehe. Que nos traga leveza, e que nos ajude a seguirmos assim, felizes.
Trabalho bom. Trabalho com viagens legais. Trabalho que proporcione reconhecimento, dinheiro e muito muito prazer.
Trabalho que traga alegrias, e que traga orgulho.
Saúde para as nossas familias, pra nós, para todos que amamos. Bebês, convivência com crianças, convivência com amigas, a nossa convivência.
Que as amigas que estão longe estejam cada vez mais perto, e as que estão perto cada vez fiquem mais perto.
Que 2009 seja apenas o começo do resto das nossas vidas, contando umas com as outras, convivendo, morrendo de dar risada, dando apoio incondicional, nunca julgando. E mesmo com as mudanças de etapas que sempre vem, vamos lembrar que amizade é pra sempre e que não existe nada mais importante do que isso. Não importa quanto tempo a gente passe sem se ver ou sem se falar, o importante é saber que todas estamos lá sempre, umas pelas outras.

Brega, mas com amor.

* Summer

2009 - é nóis!



First of all with ourselves.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Terapia

Começa no consultório. Mas continua em doses. Tipo aqueles patches que vão soltando o remédio no corpo aos poucos.
Primeiro vem o soco no estômago. Ainda bem que o meu psiquiatra tem a manha de dar uma assoprada depois de bater. E ele bate com força. Ontem mesmo perguntou se eu queria ambulância para levar os meus pedaços embora. Sim, pq ele me detonou. Falou coisas foda de ouvir. Disse várias outras que eu já sabia, que eu já sei, mas que mesmo assim ouvir dói.

Aos pouquinhos o patch vai liberando doses de coragem para ir fazendo o que tem que ser feito.

Pena que eu não voltei para as sessões semanais há mais tempo. Teria mais dias para conseguir resolver todas as pendências das quais adoraria me livrar ainda em 2008 para começar o ano ímpar ze-ra-di-nha. Ainda tenho essa intenção, essa esperança. Vai que dá??? Vou tentar, me prometi.

O mais importante de tudo é ficar bem e leve comigo. O resto é consequência. Ou o inverso. Isso é que ainda estou tentando descobrir. Resolver "o resto" pode ser que me deixe de fato leve e de bem comigo.

Será que todos os dezembros me trasformam nesse monstro-papo-cabeça?

De novo falo sobre escolhas. E de novo cito o psiquiatra que sabiamente me convenceu que não é feio mudar de idéia. Ou seja, por mais que eu ache importante resolver as pendências que ele mesmo sugeriu, ainda tenho o alívio de poder mudar de idéia se quiser.

Nossa, agora sim. Nada como achar desculpas para si mesma.

Estou muito empolgada com 2009. Acho que anos ímpares são mais interessantes e produtivos que os pares. As coisas mais legais da minha vida aconteceram coincidentemente em anos ímpares. Pode, claaaaaro, ser mais uma viagem da minha cabecinha 220V. Mas preciso acreditar em algo para fazer a contagem regressiva dos dias que faltam e depois aquela outra, no dia 31 de dezembro. Tomara que pelo menos uma parte dos meus planos (que não são poucos e nem médios) se consolide em 2009. A vontade é muita. Mudança seria a palavra escolhida para o que eu quero que venha.

E que venha mesmo! Cheers!

*Pp ;-)

I wish...

Por mais durona que a gente seja, no final das contas, a gente sempre espera que alguma coisa aconteça.
E quando não acontece, rola aquele sentimentozinho de frustração, que até acaba passando, mas é chatinho e incomoda.
E daí a gente pensa: fui eu? foi a situação? foi ele?
Tendo a continuar pensando que as coisas são simples, a gente é que complica. Quem quer, faz. Quem quer, procura. Quem quer, fica. Se não rolou é porque não tava a fim.
O jeito é varrer "o que poderia ser" pra debaixo do tapete e ir pro próximo.
Um dia a gente chega lá :-)

Lumi

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Motivo australiano

Estávamos super cools indo num show do Nando Reis, tendo a certeza absoluta de que éramos as únicas.
Em pleno sábado a noite, óbvio, não conseguimos ingressos.
Fomos parar num desses lugares do Itaim que tem aquela fila bizarra de pessoas combinando sapato e cinto caramelo, e muitas mulheres mostrando cada um dos seus dotes, até mesmo os que não existem aparentemente. Nada como se despir dos preconceitos, entrar só porque é perto de casa, muito disposta a dar risadas e ouvir pop-rock (bem divertido, diga-se de passagem).
A história é, perdemos muito por preconceito. Perdemos de nos misturarmos com aquela famosa base da pirâmide e ver como as pessoas procuram os seus iguais. Parece arrogante, mas não é. Nós é que não éramos parte daquilo e conseguimos conhecer gente do Ipiranga, dar muitas gargalhadas e nos sentirmos protegidas da multidão de caçadores por lutadores de sumô.
Devíamos pelo menos a cada trimestre nos enfiarmos num desses lugares-roubada só pra dar ainda mais valor para o que temos, para os amigos que encontramos e para o nosso próprio universo paralelo. Mas também para valorizarmos os outros universos cheios de aeromocas e rapazes der gravata desamarrada (em pleno sábado? será que é estilo?) e vermos que todo mundo curte do mesmo jeito. E pior, todo mundo tem os mesmos objetivos.
Deli se sentiu ainda mais deli. Eu me senti ainda mais summer. E ninguém deixou de se divertir só porque aquela não era a sua turma. Mas o melhor é entrar no facebook e perceber que aquele mocinho super cool também postou fotos deste mesmo lugar, achando bacana. Erradas estamos nós que vivemos no nosso mundinho de publicitários-cineastas-descolados e perdemos várias chances de conhecer gente bacana só porque não faz trinta e cinco sobreposições de camisteas cinzas laranjas e roxas.
Valeu muito, mais uma experiência antropológica pra lembrar um dia e rir.

* Summer

domingo, 14 de dezembro de 2008

No Limite

Cheguei a conclusão de que é dificil sabermos o nosso limite. Em quanto tempo, depois de quantas decepções, ou em que momento exato chegaremos nele. Mas só na linha de chegada ou passando dela conseguimos reagir.
Seria ótimo conseguirmos prever quando vamos ter forças pra sair de uma situação incômoda, ou triste, ou angustiante, ou infeliz, ou insatisfatória. Ou todas ao mesmo tempo.
Talvez se soubéssemos com antecedência não teríamos a maravilhosa chance de tentar, persistir e ainda assim muitas vezes fracassar. Ou não teríamos a chance de fazer o exercício da paciência, ou do perdão. Ou mesmo o exercício do recomeço, que muitas vezes dói, é duro, mas sabemos que por algo vale a pena. Se soubéssemos exatamente a hora em que chegamos no limite, provavelmente esperaríamos por ele, sem derramar lágrimas ou sem peder um minuto de sono tranqüilo pensando em formas de fazer algo funcionar. Mas será que teria graça? Pouco provável, é o mesmo que achar graça de sabermos o dia em que vamos morrer.
Em compensação é bom reconhecer quando ele chega. E melhor ainda ter a noção de que é hora de se respeitar, dar tchau e sair pela porta da frente, com a tranqüilidade de quem tentou, de quem deu o seu melhor até a linha de chegada. Mesmo que esta linha nåo seja aquela do 'até que a morte os separe'. Mas que seja a do ' que seja infinito enquanto dure' , que seja a linha do nosso limite.

* Summer

domingo, 7 de dezembro de 2008

Refens II – só nós

Hoje estava batendo um papo com o meu pai e ele estava comentando o quanto homens e mulheres são diferentes. São mesmo. Parece óbvio, mas sempre temos uma surpresa. Ainda bem que muitas são boas.
Só que existem algumas questões universais. Por exemplo, combinar e estar lá. Pode estar cansado, saindo do trabalho, pós-balada, em outra cidade, o que for. Mas esteja lá se você combinou. Ou, pelo menos ligue se não vai rolar, e de preferência não quando a outra pessoa já está esperando de bolsa na porta.
Talvez esta seja uma grande diferença entre mulheres e homens. Nos preocupamos, nos colocamos no lugar do outro, e quantas vezes fomos a alguns lugares simplesmente porque havíamos combinado, e não porque estávamos morrendo de vontade. Não acho isso certo, mas estamos acostumadas a marcar encontros quando de fato temos vontade e disponibilidade. Isso é da mulher, não falávamos ainda e nossas mães sabiam se o choro era de fome ou de sono. Aprendemos desde sempre a nos colocarmos no lugar do outro.
Obviamente temos mil programas interessantes para substituir aquele cano. Ainda bem, e precisamos agradecer muito por isso. Temos amigas, e mais, temos uma fila (que anda, ou voa, depende da gente). E podemos mandar vir a próxima senha.
É uma pena que quando se leva o cano, a gente não queira mais ninguém naquele momento, só aquela pessoa. E o mais duro é simplesmente ficar sem entender muito bem o que aconteceu, ou se foi só um a puta falta de consideração. Ou, simplesmente a criatura é pouco generosa a ponto de não conseguir se colocar minimamente no lugar do outro. Isso vem de fábrica na maioria das mulheres, mas nos homens é mais ou menos como faróis de xenon.
Quero continuar combinando e estando lá, mesmo que pra isso ainda me falte tomar cinqüenta mil canos até o fim da vida. Quero seguir pegando o telefone e descombinando quando eu não estiver a fim, mesmo que isso torne a conversa desagrádavel, e que talvez ainda acabe recebendo muito mau humor em troca.
Até quando vamos ser reféns? Nem idéia. Impossível não ser quando a pessoa faz alguma diferença.
A única coisa que sei é que nao quero estar do outro lado. Porque senpre vou acreditar no respeito e na consideração. Por mim acima de tudo. Mas pelo outro também.

* Summer

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Refém

Engraçado como os anos passam e algumas coisas não mudam. Esperar o telefone tocar é definitivamente uma delas.
Achei que tivesse solucionado isso, sempre pedindo eu o telefone e ligando. Mas dá também para ligar, e o celular estar desligado ou a pessoa simplesmente não atender.
Ah, no meu caso só espero quando é importante. E quase nunca é, então estou experimentando um sentimento que nem lembrava que existia.
E, não curti.

* Summer

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Homenagem

Meu primeiro texto...tô emocionada.

Acabei de passar por uma desilusão amorosa.
Desta vez a história foi diferente, mas o final se repete.
Pessoas em momentos de vida diferentes.
Dá um pouco de preguiça de pensar que tenho que começar de novo. É tão bom quando você tem alguém e já tem liberdade com esta pessoa.
Incrível como nós mulheres temos o dom de esquecer tudo que passamos e sofremos no relacionamento anterior e quando conhecemos alguém parece que um comando na nossa cabeça faz a gente esquecer de tudo isso, respirar e acreditar.
Eu achei que era o cara.
Começando pelo primeiro encontro, aonde, no final tocando a música do Hot Chip – Read for the floor (aliás eu adoro esta música), recebi até flores.
Uau! Fui pra casa com a sensação de estar flutuando. E aí as coisas foram acontecendo. Ele sempre fez tudo certo, ligava no dia seguinte, fazia os convites para sairmos já com um certo planejamento e o melhor de tudo e que era tão cuidadoso que ao final de cada encontro eu recebia um presente, um livro ou um cd bacana, afinal de contas isto faz parte do dia a dia de trabalho dele.
Mas nem tudo poderia ser perfeito, e depois de dois meses e pouco chegou o momento de decidir como seria daqui pra frente. Comecei a sentir falta de um pouco mais de cumplicidade e comprometimento, pois to com muita vontade de ter uma relação duradoura. Achei que poderia me posicionar e saber qual seria a resposta.
Me senti corajosa por me posicionar, mas realmente não sabia qual seria a resposta. Ou será que lá no fundo eu já sabia, visto que na condição atual do moço realmente a ultima coisa que ele gostaria neste momento seria levar um relacionamento adiante.
Ele optou por sentir o gosto da liberdade, experimentar diferentes sentimentos e sensações, e tudo que esta “tal liberdade” pode oferecer para uma pessoa. No começo pode ser bom, mas como eu já vivo isto a um bom tempo, tenho certeza que uma hora ele vai sentir um vazio.
Talvez ainda não consiga perceber o que esta história me trouxe de aprendizado, mas eu tentei lidar de uma outra forma com as minhas expectativas, sem fazer tantos planejamentos. Obvio que quando a gente deita a cabeça no travesseiro muitas vezes a gente faz alguns planos sim. Se não, que graça teria a vida...
Deli

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sociedade II

Um comentário: por que a maioria de nós sempre sai das relações achando que tinha os 49%? E ao sair minimizou o número para 2%?
E piora porque esses 2% são relativos a provavelmente respirar e seguir com o coração batendo.
Isso porque sem dúvida a relação não foi entre iguais, mesmo que a nossa parte na sociedade tenha sido a maior.
Proponho buscarmos alguém que seja 100% e que preencha tanto a relação que deixará que o outro exerça os seus 100%.
Teremos aí duas pessoas completas, que estão unidas apenas pela vontade. E no fima equação será de 1+1=2.

* Summer

El Diablo - parte II

Lendo o post da Santa Adelaide, vejo que me passei muito no número de bizarrices que já estiveram minha vida. Difícil pensar nesta lista multiplicada por dois, somada a uma outra lista de novos tipos, e ainda numa outra de pessoas que nem deu tempo de identificar direito como eram. Afinal saí correndo antes, assustada, detestando, ou com uma peninha (meio arrogante mas real). Algumas vezes querendo mais, e consequentemente fazendo o possível para não querer.
Nem quero pensar nos depressivos, suicidas, amargurados, folgados-querendo-ser-sustentados, mesquinhos, traidores, mal educados (vergonha de levar na casa dos pais), introspectivos (essa é a minha especialidade), os hippies (acham super legal te convidar pra acampar com 35 anos de idade),os sem ambição nenhuma (tipo um amor e uma cabana), e fora os que precisam de espaço (o dele e o do outro). E óbvio, todos aqueles outros que não tivemos a chance de conhecer porque deram defeito nos cinco do primeiro tempo. Mas tem também aqueles que poderiam ter sido legais, mas que decidiram ficar com outra pessoa, ou viver a vida naquele momento com muita liberdade, isto é, pegando geral. Ou porque a história não foi de mão-dupla e eles não sentiram e quiseram o que queríamos no momento.
Creio que saber disso tudo nos trinta e poucos é uma dádiva. Ter vivido isso também. Não queremos a perfeição, nem precisamos buscá-la, afinal sabemos que ela não existe. Queremos muitas qualidades, e defeitos que sejam suportáveis.
Isso existe, e todos acreditamos, mesmo que no fundo.
Como diz a própria Adelaide, é preciso encontrar uma pessoa que forme um time, e que os dois cresçam juntos, como equipe. E o melhor é que ninguém precisa ser perfeito.

* Summer

Sociedade

Umas das mais sábias teorias que ouvi de uma pessoa que, com seus 70 anos, já passou por diversos relacionamentos:

"O amor é uma sociedade que invariavelmente um dos dois sempre vai ter 51% das ações".

*Pp²