Nas muitas vezes em que falei a respeito de sentir coisas por pessoas na terapia ou com amigos, e as outras tantas que li a respeito, me fazem realmente crer que existe mesmo a fase de idealizaçåo. É louco como conhecemos, nos encantamos, e nos apaixonamos muitas vezes por alguém que criamos em nossas cabeças. E quando nos damos conta de que nåo era nada daquilo e culpamos o outro por nåo ser quem achavamos que era, na verdade nåo estamos olhando pra nós mesmos e pras expectativas que colocamos nessa nova história. Existe realmente uma fase de idealizaçåo, que é casualmente a fase da paixåo. Quase nunca conhecemos o outro de fato para estarmos apaixonados ou nåo. Mas nos apaixonamos. E nos apaixonamos por alguém que foi criado a partir de um desenho que fazemos do que gostaríamos. Nåo seria ideal conhecermos a fundo alguém e só depois escolhermos nos envolver, nos apaixonar e nåo pirar em alguém que simplesmente nåo conhecemos?
Hoje pensei muito nisso enquanto morro de felicidade por muitas coisas, e sinto uma certa dose de alívio em relaçåo a várias outras. É bom termos a clareza de que uma pessoa nåo é necessariamente boa ou ruim porque nåo é como criamos nas nossa cabeça e no nosso coraçåo. É melhor ainda saber disso e ter a chance de experimentar esta mesma emoçåo de idelizar, mas com uma bagagem de quem sabe que no início tudo é sempre perfeito. E é melhor ainda poder tentar ter a chance de fazer tudo diferente, de um outro ponto de vista, sob um novo olhar.E nåo menos cheio de ilusoes e entrega, mas com um olhar que traz a vontade de dar um passo de cada vez, de deixar as coisas acontecerem no seu ciclo natural. Se funcionarem, perfeito, se nåo, ficamos com a sensaçåo de que podemos nos permitir tudo, porque ninguém se conhecia ainda.
* Summer
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